O CEO da Itaueira Agropecuária e coordenador do Grupo Técnico de Fitossanidade da CNA anuncia que o Programa Nacional de Rastreabilidade de Frutas, Legumes e Verduras entra agora em sua segunda fase.
Para isso, o Ministério da Agricultura, a Anvisa e o Ibama trabalham juntos no sentido de melhorar e acelerar o sistema de extensão de uso de defensivos agrícolas para as chamadas pequenas culturas, também conhecidas como Culturas com Suporte Fitossanitários Insuficientes. (A indústria fabricante dos defensivos só tem dado atenção às grandes culturas, como soja, milho e algodão, por exemplo).
Segundo Tom Prado, a CNA posicionou-se favoravelmente à Consulta Pública de produção de defensivos agrícolas biológicos – os orgânicos – nas fazendas (denominados “on farm”), desde que seguindo parâmetros científicos estabelecidos em protocolos pelo próprio Governo. “Cada vez mais, a produção agrícola nacional — as frutas incluídas — está mais segura e sustentável, protegendo o meio ambiente”, afirma Tom Prado.
Sobre as consequências da Covid-19 na fruticultura, o CEO da Itaueira informa:
“No mercado interno, houve crescimento das vendas nos supermercados, mas elas caíram nos restaurantes, nos hotéis e, também, nas feiras livres. Na exportação, quem atuava via frete aéreo sentiu, igualmente, a queda das vendas por causa da falta de voos”.
Prado prossegue:
“No caso da Itaueira, todos os protocolos sanitários foram cumpridos nas nossas fazendas, e a boa consequência foi a ocorrência de nenhum óbito, sendo que todos os casos de contaminação registrados foram externos, não havendo qualquer caso de transmissão interna”.
Ele acrescenta: “Houve aumento de custos com EPIs (Equipamento de Proteção Individual) e com as medidas sanitárias de distanciamento dos nossos colabores no transporte e nos locais de trabalho”.
Tom Prado confirma que, se a oferta hídrica no Ceará vier a normalizar-se, a Itaueira deverá retomar sua produção de melão e melancia no início de 2022.
Por enquanto, sua empresa produz essas frutas no Piauí e na Bahia, em áreas ainda não reconhecidas como livre da mosca da fruta (Aracati, Icapuí, Chapada do Apodi já o são).
Ele está otimista em relação à chegada das águas do rio São Francisco ao Castanhão (prevista para o fim deste ano), o que poderá normalizar o abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza, da população das cidades do Baixo Jaguaribe e da agricultura irrigada da região.
Fonte: Diário do Nordeste